domingo, 20 de novembro de 2011

004/2011 - vencer à real madrid, o árbitro resolve de verdade, mentindo

Aristóteles na Metafísica dizia mais ou menos isto (em grego antigo): não é por nós pensarmos com verdade que tu és branco que tu és branco; mas é porque tu és branco que nós, que o dizemos, falamos verdade.
Adaptando ao acontecimento de ontem diria: não é por nós pensarmos com verdade que é penalty que é penalty; mas é porque é penalty que nós, que o dizemos, falamos verdade.
Em verdade em verdade vos digo: foi penalty; logo ao contrário daquilo que o Record apregoa na primeira página, Ronaldo não voltou a resolver, o árbitro é que resolveu falsear a verdade do jogo.
Olho as imagens, vejo Higuaín no chão a movimentar o braço na direcção da bola, a desviá-la para canto e vem-me à memória um livro de Foucault, Surveiller et Punir, Vigiar e Punir, o argentino caído no chão, sabia-se vigiado (pelas câmaras de televisão) sabia, também, que não seria punido; ele ali caído no chão, era a encarnação da protecção que as equipas vestidas de encarnado, encarnam.
O treinador, o líder, não teve coragem de dar a cara, lavou as mãos, foi o adjunto a dizer o óbvio: O Madrid tem muitas formas de ganhar [com a ajuda dos árbitros] e todas são boas.

Sem comentários:

Enviar um comentário